Por aqui vão surgir materiais de interesse para o apoio aos alunos do ensino secundário da Póvoa de Lanhoso, na disciplina de Português
Terça-feira, 23 de Janeiro de 2007
Poema de Fiama Hasse Pais Brandão
Perguntai ao muro
 

Muro, em que meditas,
ao longo da estrada, por estas quintas,
casas, ermos, entre paixões
de alma dos espectros
presentes e vindouros? E os vivos,
porque se escondem
por trás da tua fronte alta,
quieta, seca, que cobiça os astros,
sem saber que o teu corpo
de xisto corre, avança,
mas não pode soltar-se da Terra
e alcançar o Alto?


Fiama Hasse Pais Brandão
As Fábulas
edições quasi


publicado por Manuel Sousa às 12:19
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Morreu a poetisa Fiama Hasse Pais Brandão
 

A poetisa Fiama Hasse Pais Brandão morreu aos 69 anos, disse hoje à Lusa o editor da autora, que foi também dramaturga, ensaísta e tradutora.

O responsável da editora Assírio e Alvim, Manuel Rosa, não adiantou, para já, mais pormenores sobre o falecimento da autora.

Fiama Hasse Pais Brandão destacou-se sobretudo na poesia, constando da sua obra os títulos "O Aquário","Cantos do Canto", ou "Obra Breve".

Recebeu em 1957 o Prémio Adolfo Casais Monteiro pela obra "Em Cada Pedra Um Voo Imóvel".

Casada com o poeta Gastão Cruz, dedicou-se igualmente à escrita para teatro, tendo a sua primeira peça, "Os Chapéus de chuva", sido distinguida com o Prémio Revelação de Teatro, em 1961.

Traduziu Brecht, Artaud e Novalis, entre outros autores, e colaborou em revistas literárias, como Seara Nova, Cadernos do Meio-Dia, Brotéria, Vértice, Plano, Colóquio-Letras, Hífen, Relâmpago e Phala.

Ao nível do ensaio, escreveu, entre outros, "O Labirinto Camoniano e Outros Labirintos", sobre a influência cabalística em diversos autores portugueses dos séculos XVI a XVIII.

Algumas obras

Poesia -
Morfismos (1961)Barcas Novas (1967)Novas visões do passado (1975)Homenagemàliteratura (1976)F de Fiama (1986)Três Rostos (1989)Movimento Perpétuo (1992)Epístolas e Memorandos (1996)Cenas Vivas (2000)As Fábulas (2002)

Teatro - Os Chapéus de Chuva (1961)A Campanha (1965)Quem Move as Árvores (1979)Teatro-Teatro (1990)

Prosa - Em Cada Pedra Um Voo Imóvel (1958)Movimento Perpétuo (1991)Sob o Olhar de Medeia (1998)

Ensaio - O Labirinto Camoniano e Outros Labirintos (1985)

In Público, 20/01/07.



publicado por Manuel Sousa às 12:01
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Segunda-feira, 8 de Janeiro de 2007
Ficha de leitura
Já está à tua disposição um modelo de ficha de leitura para as actividades do «Contrato de Leitura» podes abri-lo AQUI


publicado por Manuel Sousa às 16:42
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Sexta-feira, 5 de Janeiro de 2007
A crónica

Sobre a  CRÓNICA, modalidade de texto dos Media, recomenda-se o artigo na Wikipédia. Atenção às diferenças da linguagem, pois o documento está redigido na norma do português do Brasil.

 



publicado por Manuel Sousa às 11:08
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Quinta-feira, 4 de Janeiro de 2007
Nada se perde...

A propósito do novo ano, ouçamos o poeta e a sua imensa sabedoria:

Ano Passado

O ano passado não passou,
continua incessantemente.
Em vão marco novos encontros.
Todos são encontros passados.

As ruas, sempre do ano passado,
e as pessoas, também as mesmas,
com iguais gestos e falas.
O céu tem exatamente
sabidos tons de amanhecer,
de sol pleno, de descambar
como no repetidíssimo ano passado.

Embora sepultos, os mortos do ano passado
sepultam-se todos os dias.
Escuto os medos, conto as libélulas,
mastigo o pão do ano passado.

E será sempre assim daqui por diante.
Não consigo evacuar
o ano passado.

         Carlos Drummond de Andrade



publicado por Manuel Sousa às 15:12
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